QUITO, 30 de jun de 2006 às 18:42
Em resposta ao violento desalojamento por parte da polícia de centenas de camponeses na província de Los Rios, os Bispos do Equador assinalaram que os agentes de pastoral que defendem os pobres não estão realizando nenhum ato de agitação.
No comunicado, os bispos assinalam que as autoridades "tornaram a atualizar a equivocada atitude de culpar o Pároco e os Agentes de Pastoral de agitar o povo pelo simples fato de estar acompanhando aos moradores do lugar frente aos atropelos de que são vítimas".
"Com o desalojamento violento de moradores que têm em propriedade há mais de 40 anos a terra onde vivem e da qual vivem, que vêem destruir suas casas, arrasar suas plantações e ultrajar as pessoas, nenhuma pessoa sensata pode calar e menos os Agentes de Pastoral, chamados a velar pela dignidade da pessoa humana, a defesa de seus direitos e a vivência da fraternidade cristã", assinala o comunicado assinado pelo Presidente da Conferência Episcopal Equatoriana, Dom Néstor Herrera Heredia, Bispo de Machala.
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Segundo o documento "injuriar os Agentes de Pastoral, ameaçá-los deportando por sua condição de missionários estrangeiros, é abusar da autoridade e desconhecer as leis do País, coisa lamentável em quem está chamados a velar pelo bem-estar de seus concidadãos e a dar exemplo de respeito aos direitos de todas as pessoas".
Finalmente, a Conferência Episcopal "rejeita estas falsas e absurdas imputações das Autoridades da Província de Los Rios"; apoia a todos os missionários "injustamente vexados" e reitera que "lutar pela Justiça não é agitar o povo, não é implantar o terrorismo nem atentar contra a ordem pública nem a paz cidadã".